No próximo dia 20 de julho chega às telonas Oppenheimer, filme baseado no livro ganhador do Prêmio Pulitzer, em 2006, Prometeu Americano: O Triunfo e Tragédia de J. Robert Oppenheimer. O longa é dirigido por Christopher Nolan, mesmo diretor de premiados sucessos, como Dunkirk (2017), Interestelar (2014), A Origem (2010) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).
A produção é ambientada durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha a vida do físico norte-americano J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), diretor do Laboratório de Los Alamos durante o desenvolvimento do Projeto Manhattan. Tal empreendimento visava construir as primeiras bombas atômicas.
Além de Murphy, o elenco conta ainda com Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Emily Blunt (Um Lugar Silencioso), Florence Pugh (Viúva Negra), Matt Damon (Air: A História por trás do logo), Jack Quaid (The Boys), Rami Malek (007 - Sem Tempo para Morrer).
Mas afinal, quem foi Oppenheimer?
O norte-americano, Julius Robert Oppenheimer, de origem judaica alemã, nasceu em Nova York. Formou-se em química em Harvard, em física pela Universidade de Cambridge e obteve seu doutorado pela Universidade de Göttingen, em 1927.
O físico teórico, tornou-se diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos durante a Segunda Guerra Mundial, onde passou a trabalhar no Projeto Manhattan. Tal empreendimento objetivava pesquisar e desenvolver armas nucleares. Assim, Oppenheimer é creditado, devido seu fundamental papel em tal projeto como "pai da bomba atômica".
Além disso, ele fez contribuições significativas no campo da física teórica, incluindo mecânica quântica e física nuclear.
Projeto Manhattan
Com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, acirrou-se a preocupação com o desenvolvimento de armamentos nucleares. Os físicos Albert Einstein e Leo Szilard alertaram o governo norte-americano do iminente risco de armas nucleares serem fabricadas, primeiramente, pelos nazistas. Tal feito traria consequências incalculáveis caso fosse alcançado.
Assim, surge o Projeto Manhattan, tendo como principal objetivo pesquisar e desenvolver armamentos nucleares. Além de Robert Oppenheimer, Leo Szilard e Leslie Groves, um general, tiveram uma imprescindível atuação na construção das primeiras bombas atômicas da história.
A participação de Oppenheimer foi de fundamental importância para o êxito do projeto. E, em 1945, foi realizada a operação Trinity, na qual foram feitos testes de explosão com a primeira bomba atômica já desenvolvida. A operação foi um sucesso. Apesar do triunfo do projeto, passou pela sua mente um trecho de uma escritura hindu que diz: "Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos."
A Segunda Guerra e a Bomba Atômica
Após os japoneses atacarem a base naval norte-americana de Pearl Harbor, em dezembro de 1941, os EUA entram oficialmente no conflito e declaram guerra ao Japão. Com isso, em 1945, as bombas atômicas Fat Man (a base de plutônio) e Little Boy (a base de urânio), são detonadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Tal evento causou a morte de, aproximadamente, 250 mil pessoas.
Oppenheimer Pós-Guerra?
Com o fim da guerra, Oppenheimer tornou-se presidente do Comitê Consultivo Geral da recém-criada Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos (CEA), no qual se opôs ao desenvolvimento da bomba de hidrogénio. O físico começou a trabalhar em defesa de um controle de armamentos nucleares, demonstrando desaprovação pelos eventos ocorridos.
Devido suas posições, passou a ser perseguido pelo governo norte-americano, também foi acusado de ser comunista e de possuir suspeitas de conexões com os soviéticos, o que arruinou sua reputação. Privado de poder político, foi retirando-se paulatinamente para uma vida cada vez mais simples, embora ainda elaborasse ideias sobre a relação entre a ciência e o seu papel na sociedade e viajasse dando conferências.
Já no governo Kennedy, em 1963, recebeu o prêmio Enrico Fermi, reconhecimento por sua grande contribuição para a física, bem como para limpar seu nome das acusações feitas anos antes.
Em 1965, recebeu o diagnóstico de câncer na garganta, era fumante assíduo. passou por tratamentos mas morreu em 1967.
Apesar de sua mente brilhante prever o impacto, a história da humanidade nunca mais foi a mesma após a explosões nucleares nas cidades japonesas, durante a Segunda Guerra Mundial.
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*Lembramos que, esse texto é um resumo. Muita coisa interessante ficou de fora. Para mais informações, consulte outras fontes.
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